A ASFIA integra o movimento organizado pelo Fosperj (Fórum Permanente de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro). Representantes de diversas categorias foram ao Palácio Guanabara entregar um ofício ao governador Cláudio Castro, na tarde desta quarta-feira (08/03), e aproveitaram para realizar um ato público.
Representantes das entidades reuniram-se na tarde de terça-feira (07) a fim de organizar a mobilização para cobrar do governo estadual o pagamento da segunda parcela da recomposição salarial para todos os servidores. No documento, o Fosperj exige o cumprimento do acordo feito em 2021 e pede uma audiência para abertura de diálogo.
Na reunião também foi indicado uma possível paralisação do serviço público estadual caso o Governo não aponte para o cumprimento do acordo. Durante a semana, o Fórum fará visitas junto aos deputados estaduais também com entrega de ofícios nos gabinetes.
A ASFIA reforça a orientação do Fosperj sobre a importância de o maior número de entidades sindicais e associativas e suas bases de servidores participarem da mobilização virtual. O Fórum lançou uma campanha nas redes sociais a fim de chamar a atenção do governo estadual para o cumprimento do acordo.
Em dezembro de 2022, os parlamentares aprovaram por unanimidade, com 61 votos, a recomposição de 5,9%. A base do governo não quis manifestar em Lei a segunda e terceira parcelas da Lei nº 9436/2021, recomposição das perdas inflacionárias de setembro a dezembro de 2021 (6,5%), a serem acrescidas com base no IPCA de dezembro de 2021 a novembro de 2022 (5,9%).
Castro tentou somente reajustar o vencimento base, mas foi graças à luta dos servidores que fez a base do governo recuar e aceitar a aplicação dos 5,9% sobre a remuneração (vencimento, gratificações e benefícios). Com isso, as categorias aguardam o cumprimento da Lei nº 9952/2023, sancionada e publicada no Diário Oficial no dia 4 de janeiro de 2023, pelo governador.
No entanto, os prejuízos aos servidores permanecem, pois o governador vetou a incidência da recomposição de 5,9% sobre as gratificações e demais benefícios dos servidores. Isso significa que as perdas salariais acumuladas ao longo dos anos e o congelamento salarial continuam.