Os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro seguem sem resposta do governador Cláudio Castro sobre o pagamento das parcelas restantes da recomposição salarial, conforme previsto na legislação aprovada pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). Na quarta-feira (28), centenas de servidores de diversas categorias, incluindo os da FIA (Fundação para a Infância e Adolescência) e a diretoria da ASFIA, tomaram as ruas mais uma vez, buscando pressionar o governo a cumprir suas obrigações. No entanto, o que receberam em troca foi silêncio e desrespeito.
O Ato Unificado, convocado pelo “Movimento Recomposição Salarial, Já!”, reuniu os manifestantes em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras, zona sul. A esperança era conseguir, ao menos, reabrir o diálogo com o governo estadual. Porém, nenhum representante da Casa se dispôs a recebê-los, reforçando a sensação de abandono e negligência por parte da administração de Cláudio Castro.
A falta de resposta não desanima os servidores, que prometem continuar sua luta. Já são 10 anos sem qualquer reajuste salarial, enquanto a inflação segue corroendo o poder de compra de milhares de famílias. A recomposição salarial, baseada no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), não é um pedido, mas um direito garantido pela Lei nº 9436, que há muito deveria ter sido cumprido.
Os servidores exigem a implementação da segunda parcela da recomposição, com base na competência de janeiro de 2023 (5,3%), além de mais 5,62% a partir de janeiro de 2024. Tais valores garantiriam a isonomia do Executivo com os demais poderes, como o Judiciário e o Legislativo, que já tiveram seus salários ajustados. Vale ressaltar que o governo estadual registrou superávit em 2023 e projeta outro para 2024, impulsionado pela alta na arrecadação do ICMS, cuja alíquota subiu de 18% para 20%.
Com informações do Fosperj