A primeira reunião da ASFIA com a nova presidente da Fundação para a Infância e Adolescência, Fernanda Lessa, nomeada em Janeiro, foi na manhã desta terça-feira (5/4). Entre os itens da pauta estava a preocupação com o relacionamento dos servidores de carreira da FIA com os contratados da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Outros itens foram apresentados pela Diretoria como o andamento do encaminhamento para estágio dos alunos do Programa de Trabalho Protegido na Adolescência, reforma e manutenção das unidades próprias e contratação de pessoal, mesmo que temporária.
A presidente da FIA, Fernanda Lessa, disse que a prioridade de sua gestão é atender os direitos das crianças e adolescentes:
— Resgatar a proteção das crianças e adolescentes, mas no que se refere aos riscos em torno dos seus direitos da criança e deixar a parte educacional para a Secretaria de Educação. A parceria com a UERJ contribui com a expertise no ensino — disse a presidente.
A presidente da ASFIA, Eunice Ayres, argumentou sobre as necessidades da Fundação e apresentou o caso específico do SOS Crianças Desaparecidas:
— Precisamos de uma presidente atuante voltada para as comunidades como no caso do SOS. As famílias não têm dinheiro pra comer, vai ter pra passagem? Precisamos descentralizar o serviço e contratar profissionais como assistentes sociais — alertou Eunice.
A conselheira da ASFIA, Elza Velloso, e assistente social, reforçou a necessidade da contratação de profissionais para trabalhar nos programas da Fundação:
— Precisamos de profissionais de diversas áreas, principalmente assistentes sociais. Só temos duas no quadro, prestes a se aposentar. O ideal é concurso, mas devido à urgência, um contrato temporário para a FIA prestar um serviço digno para a população — disse Elza.
Uma das reivindicações foi sobre o encaminhamento para estágio dos jovens que concluíram o PTPA. E que alguns deles já completaram 18 anos, inviabilizando o processo de iniciação no mundo do trabalho. A presidente da FIA, Fernanda Lessa explicou que a pandemia da Covid-19 prejudicou o chamamento dos adolescentes. Muitas instituições parceiras, inclusive do próprio governo, funcionaram sob restrições por conta da quarentena e uma delas foi limitar a quantidade de pessoas presencialmente no trabalho.
A vice-presidente da ASFIA, Clara Clarice, sugeriu uma prestação de contas sobre o encaminhamento dos jovens do PTPA. Segundo ela, a FIA deveria informar aos responsáveis sobre a situação dos jovens. A presidente da Fundação, Fernanda Lessa, concordou e disse que isso será feito.
A ASFIA apresentou alguns casos de servidores de carreira da FIA que estão reclamando do tratamento dado pelos contratados da UERJ. Rafael Fróes, diretor de promoção social, deu a sugestão para realizar reuniões nas unidades para ver cada caso especificamente. De acordo com o diretor, a nova gestão quer construir uma nova FIA.
— A participação dos servidores de carreira na nova gestão é para trabalhar e construir uma nova FIA. Precisamos equalizar o destino dos recursos e a dinâmica interna, mas não ficar só na dependência das conveniadas — resumiu o diretor Rafael Fróes.