A primeira reunião da ASFIA com a presidente da Fundação para a Infância e Adolescência Cleneuda Magalhães Hernams, nomeada no fim de novembro de 2020, foi na manhã desta terça-feira (16/3). Entre os itens da pauta estava a preocupação com as medidas de proteção contra a Covid-19 dentro das unidades da FIA.

Outros itens foram apresentados como o andamento do processo do reordenamento da Fundação, restauração e manutenção das unidades próprias, contratação de pessoal, mesmo que temporário e orçamento para tornar viável a reestruturação da Instituição.

— Não estou medindo esforços para resgatar algumas unidades. Quero visitar cada uma delas para ver do que precisam — disse a presidente da FIA Cleo Magalhães.

Sobre as denúncias de descuido no uso de máscaras dentro das unidades da Fundação, a coordenadora jurídica da FIA Barbara Oliveira explicou:

— Todas as providências foram tomadas e as orientações foram passadas. Agora o cumprimento das medidas vai da consciência de cada um. Fazemos testes periódicos e afastamos quem testa positivo mesmo sem sintomas. Orientamos a supervisão a agir com rigidez nas fiscalizações.

A presidente da ASFIA, Eunice Gomes, pediu cuidados extremos com os servidores:

— Nós queremos respeito e carinho. Todos que estão aqui há um bom tempo e dedicaram suas vidas à FIA. Se essa casa ainda existe é devido a luta de todos nós.

A expansão da FIA, por sua vez, está em andamento. O SOS Crianças Desaparecidas e outros programas foram descentralizados e estão funcionando em outras unidades na Baixada e Norte Fluminense.

— Apesar da pandemia, estamos progredindo, mesmo com o quadro reduzido – avaliou Cleo Magalhães.

A coordenadora Jurídica da FIA informou que, por conta da pandemia, o trâmite do reordenamento está parado, mas a presidente já conversou com o governador em exercício Claudio Castro para obter recursos para obras de reformas em algumas unidades.

O diretor de Administração e Finanças Fabrício Quiroga explicou que o orçamento suplementar de cerca de R$ 17 milhões foi liberado para o primeiro semestre e foi usado no pagamento da rede conveniada. O mesmo valor pode ser liberado para o próximo semestre.

Em relação à contratação de pessoal, Barbara Oliveira explicou que contratação de pessoal temporário precisa da comprovação do caráter emergencial. O ideal é o concurso público. Possível somente após o fim do Regime de Recuperação Fiscal, ao qual o Rio aderiu junto ao governo federal.