Os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro realizaram mais um Ato Público na tarde desta terça-feira (17/06). A manifestação ocorreu em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), no Centro do Rio, para exigir a recomposição salarial das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos. A mobilização, que reuniu centenas de trabalhadores, foi convocada pelo Fórum Permanente dos Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Fosperj), por meio do movimento “Recomposição Salarial, Já!”.
A Associação dos Servidores da Fundação para a Infância e Adolescência (ASFIA) também esteve presente, mobilizando sua base para integrar o protesto junto às demais categorias do funcionalismo estadual.
A principal reivindicação dos servidores é a recomposição total das perdas inflacionárias entre 2017 e 2021, conforme estabelece a Lei 9.436/2021. Segundo o texto legal, a reposição deveria ocorrer em três parcelas: apenas a primeira, de 13%, foi paga em 2022. As duas parcelas restantes, de 6,55% cada, continuam pendentes.
Além disso, o movimento defende a isonomia entre os servidores do Poder Executivo e os dos demais poderes, além do respeito à legislação vigente. Já são dez anos sem reajuste salarial efetivo para boa parte do funcionalismo estadual.
Durante o ato, representantes dos servidores se reuniram com parlamentares que integram o grupo de trabalho criado para retomar o diálogo com o Governo do Estado. Os deputados Flávio Serafini (PSOL), Tia Ju (Republicanos), Marcelo Dino (União) e Luiz Paulo (PSD) apresentaram uma nova proposta para amortizar as perdas salariais dos servidores.
Pelo plano sugerido, os 13,05% que ainda não foram pagos seriam depositados em julho deste ano. Já os 10,53%, referentes à inflação acumulada de 2024 e 2025, seriam pagos em janeiro de 2026.
Os representantes das categorias alertam para que não haja desmobilização até se concretizar o valor expresso nos contracheques e o dinheiro depositado na conta dos servidores.